28 de dezembro de 2013

Cérebro

O órgão, matriz do sistema nervoso que está localizado dentro do crânio nos seres humanos, é o principal centro de regulação e controle das atividades corporais: sede da consciência, do pensamento, da memória e da emoção. É ele, portanto, que permite ao homem identificar, perceber e interpretar o mundo que o rodeia. É composto por massa cinzenta e massa branca, sendo dividido em dois hemisférios por intermédio do corpo caloso, compreendendo também o tronco encefálico e o cerebelo.
Cada hemisfério contém cinco lobos


Frontal - associado à atividade motora, articulação da fala, pensamento e planejamento – responsável por cognição e memória.
Parietal - responde pela interpretação das sensações e pela orientação do corpo.
Occipital - interpreta a visão.
Temporais - as emoções e a memória são trabalhadas, fornecendo ao indivíduo a capacidade de identificar e interpretar objetos ao recuperar informações passadas.

A base do cérebro é composta por gânglios basais, tálamo e hipotálamo, atuando na coordenação de movimentos, organização da transmissão e recepção das informações sensoriais e atividades automáticas do corpo, respectivamente. A função do tronco cerebral é regular atividades como a deglutição e a frequência cardíaca. O cerebelo, abaixo do cérebro e sobre o tronco cerebral, coordena os movimentos do corpo ao utilizar as informações enviadas pelo cérebro a respeito dos membros.

Como funciona

A maior parte do cérebro é constituída por dois tipos de células, a glia e o neurônio. A primeira tem a função de dar suporte e proteger a segunda, que carrega a informação sob a forma de pulsos elétricos.

A comunicação entre neurônios é realizada pelo envio de produtos químicos, neurotransmissores, pelas sinapses – junções especializadas por meio das quais as células do sistema nervoso mandam sinais formando circuitos biológicos.

Os nossos sentidos (visão, olfato, audição, tato e paladar) recebem informações do mundo que nos rodeia. Estas mensagens são enviadas como impulsos sensoriais primeiramente ao tálamo e depois para regiões do córtex cerebral específicas de cada sentido. Dessa maneira, o cérebro as reúne, organiza e armazena. De forma adequada, transmite impulsos nervosos que ditam o comportamento motor e mantém as funções do corpo, como batimento cardíaco, pressão arterial, balanço hídrico e temperatura corporal.

O cérebro também produz hormônios que influenciam outros órgãos, reagindo a hormônios produzidos em outras partes do corpo também. Nos mamíferos, grande parte destas substâncias é liberada no sistema circulatório pela glândula pituitária.

Doenças cerebrais   

Compreendem um grande problema de saúde da sociedade moderna, em consequência do crescente número de pessoas acometidas de forma direta ou indireta, e também, devido à inexistência de cura para estas patologias.

Alguns pesquisadores consideram que a tendência dessas doenças é aumentar, em decorrência do aumento da expectativa de vida da população, resultando em uma maior prevalência de doenças do cérebro, desde neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose múltipla aos acidentes vasculares cerebrais (AVC), neoplasias, epilepsia, ou disfunções psiquiátricas diversas, bem como outras diretamente ligadas ao envelhecimento, de origem genética ou traumática.

Alzheimer


Define-se Alzheimer como uma doença neurodegenerativa, caracterizada por uma súbita perda das faculdades mentais. Esta é considera a primeira causa de demência senil.

Inicialmente, a perda de memória gera um desconforto. No entanto, numa fase mais adiantada deixa de ser um problema, pois o doente perde a capacidade de autocrítica.

Parkinson


Esta também é uma doença neurodegenerativa, crônica e progressiva, que normalmente afeta pessoas com idade avançada. É decorrente da perda de neurônios do sistema nervoso central (SNC) em uma área específica do cérebro, levando à redução de dopamina, com consequente alteração dos movimentos não voluntários.

Huntington


Esta doença, também conhecida como mal de Huntington ou coreia de Huntington, é uma enfermidade neurodegenerativa hereditária, rara, que acomete de 3 a 7 indivíduos a cada 100.000 habitantes.
Clinicamente, caracteriza-se por movimentos, bruscos, rápidos e involuntários dos braços, pernas e face.

Esclerose Múltipla


Esta também é classificada como uma doença neurodegenerativa, que se caracterizam por placas disseminadas de dismielinização em todo o SNC, levando a um quadro neurológico variado, certas vezes com remissão, e outras com exacerbação das manifestações clínicas.

Costuma aparecer entre os 25 a 30 anos de idade, sendo mais comum em mulheres. Dentre os sintomas, podem estar presentes: sensibilidade, fraqueza muscular, perda da capacidade de locomoção, distúrbios emocionais, incontinência urinária, queda de pressão, intensa sudorese, diplopia (quando há acometimento do nervo óptico), entre outros.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)


Popularmente conhecido como derrame cerebral, é um problema neurológico decorrente de uma obstrução (isquemia) ou rompimento dos vasos sanguíneos cerebrais (hemorragia).

Inicia-se abruptamente, sendo que o paciente pode apresentar dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Também pode evoluir com coma e outros sinais. Existem dois tipos de AVCS
AVC Isquêmico: As alterações implicam na redução/ausência do fluxo sanguíneo cerebral.
 AVC Hemorrágico: As alterações hemorrágicas correspondem a alterações da permeabilidade dos vasos sanguíneos cerebrais ou mesmo ruptura dos mesmos.

Epilepsia

É definida como uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível. Na verdade, a epilepsia não se trata de uma doença, e sim de um sintoma que pode aparecer em diferentes formas clínicas, podendo levar a manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurodegenerativas. Tem como etiologia fatores que podem lesar os neurônios ou a forma de comunicação entre eles, como: traumatismos cranianos, resultantes de cicatrizes cerebrais; traumatismo de parto; algumas drogas e substâncias tóxicas; interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro decorrente de um AVC ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.
Fontes:
http://www.webciencia.com/11_29disturbios.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_vascular_cerebral
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1169821
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?153
http://felipevernon.wordpress.com/