30 de maio de 2014

Meio Ambiente e Criatividade

Objetivo: Despertar para ações de cuidado com o Meio Ambiente

Desenvolvimento

1.    Ouvir e cantar uma música sobre o meio ambiente (usar o celular para escolher a música com os alunos).
2.  Cada aluno destaca uma frase e a ilustra como imagina, fazendo um quadro.
3.  Cada um expõe sua ideia e sugere uma ação que pode contribuir para a preservação do meio ambiente.
4. Formar um painel com estes quadros e expô-lo para que todos conheçam as ações de preservação.
5.   Desafiar o grupo, convidando-o a uma ação concreta - dentre aquelas que eles mesmos sugeriram - ou outra, como por exemplo: criar um material com dicas para ser distribuído (marca-página, folder, panfletos...), recolher o lixo que fica exposto, recolher o material que é reciclável e repassá-lo para quem trabalha com estes materiais etc.

Consumo e desperdício

Tema: Meio Ambiente
Objetivo: Refletir sobre nossos hábitos diários de consumo e desperdício.
Problematização
Será baseada no estilo de vida que adotamos em casa, no trabalho, na recreação e nas compras conforme o texto abaixo.
A luta para preservar o meio ambiente começa dentro de casa, continua no trabalho, nos acompanha na recreação e nas compras. Grande parte das agressões à natureza e à nossa saúde tem sua raiz no estilo de vida que adotamos. Por isso, pequenas mudanças nos hábitos do dia-a-dia são tão importantes quanto combater aqueles que exploram o planeta de modo insustentável.

Atividade
Criar uma peça teatral, que espelhe os nossos hábitos diários de consumo e desperdício de produtos: água, luz, destino do lixo etc.

29 de maio de 2014

Gênero

           Cada sociedade atribui às pessoas funções e identidades diferentes, de cordo com o entendimento que tem do que é ser homem ou ser mulher. Assim, o termo gênero é usado para definir as atitudes e comportamentos que serão esperados de cada um dos sexos.
Durante muito tempo, o gênero feminino foi caracterizado como “sexo frágil“, sendo as mulheres encarregadas do cuidado com os (as) filhos (as), o marido, a família e a casa.
Ultimamente, graças às lutas das mulheres por igualdade, o entendimento do gênero feminino mudou, e elas passaram a ocupar funções antes tipicamente associadas ao gênero masculino, como trabalhar fora de casa ou assumir cargos políticos. Nesse sentido, dizer que não é permitido qualquer tipo de discriminação com base no gênero significa dizer que todas e todos merecem igual respeito da lei, dos governantes e das pessoas em geral, independentemente de seu sexo biológico, da identidade que assumam ou do papel social que exerçam.
Para se chegar a esse conceito, há todo um processo histórico como mostra os itens abaixo:
  • O conceito de gênero surgiu na década de 1970, na Europa e nos Estados Unidos, e ganhou força no Brasil, a partir dos anos 80.
  • Década de 70 - os estudos sobre a mulher no Brasil pretendiam preencher lacunas do conhecimento sobre a situação das mulheres nas diversas esferas da vida social e ressaltar a posição de exploração/subordinação/opressão a que estavam submetidas.
  • Década de 80 - o conceito ganha mais força ao enfatizar os aspectos relacionais e culturais da construção social do feminino e masculino. É a partir daí que os homens passaram a ser incluídos como sujeitos e, também, a serem considerados nos estudos.
  • Década de 90 – após a Conferência Internacional de População e Desenvolvimento (Cairo, 94) aumenta o foco nos estudos e intervenções, por parte de organizações não governamentais e dos setores governamentais na formulação de políticas públicas.


O gênero nas relações sociais
Do ponto de vista feminino, na maioria das sociedades, é visível a desigualdade entre homens e mulheres, nos diferentes espaços sociais. Veja alguns exemplos:

Na família – Ainda hoje é comum definir o homem como o “chefe da família”, responsável pelo sustento do grupo familiar, e a mulher como a principal responsável pela educação das crianças, pelo cuidado da casa. As mulheres trabalham fora, em diferentes profissões, mas ainda é socialmente esperado que elas também administrem os afazeres domésticos e o cuidado com a família. Apesar de significativas mudanças culturais, a socialização de meninos e de meninas é marcada pela diferenciação, desde a escolha de brinquedos e brincadeiras até a cor da roupa. É raro, por exemplo, estimular os meninos a brincarem de casinha, com panelinhas e bonecas.
Isso é, a socialização de meninos e meninas tende a definir qual o comportamento esperado para eles na vida adulta.

No mercado de trabalho – Há algumas décadas, mulheres vêm atuando em profissões que antes eram exclusivamente exercidas pelos homens, tais como conduzir trens, trabalhar na construção civil, fazer cirurgias, seguir carreira militar etc. Mesmo assim, as mulheres ainda ganham salários menores em uma mesma profissão. Elas estão mais presentes em profissões que envolvem cuidado com o outro e em prestação de serviços. São maioria como professoras, enfermeiras, empregadas domésticas etc. Essas profissões são pouco valorizadas pela nossa sociedade.

Na política – Se compararmos ao número de homens, são poucas as mulheres prefeitas, governadoras, vereadoras, deputadas federais, estaduais ou senadoras. Na maioria dos casos, são os homens que elaboram as leis, definem os orçamentos públicos, programas e projetos que irão influenciar a vida de homens e de mulheres.

Do ponto de vista masculino muitas culturas (inclusive a nossa) promovem a ideia de que ser um “homem de verdade” significa ser provedor e protetor, os adolescentes e jovens são estimulados a serem agressivos, competitivos e a acreditar que as mulheres devem ser submissas ao poder deles e responsabilizadas pelo cuidado com a casa e pelos (as) filhos (as). Nesse processo de socialização dos homens, os meninos geralmente são criados para aderir a rígidos códigos de honra, que os obrigam a competir e a usar violência entre si para provarem que são “homens com H”. Meninos que mostram interesse em cuidar de crianças, que executam tarefas domésticas, que demonstram suas emoções e que ainda não tiveram relações sexuais são muitas vezes ridicularizados por suas famílias e colegas, são também associados a termos grosseiros etc. 

24 de maio de 2014

Datas comemorativas

Recebi e estou compartilhando estas ideias legais para trabalhar em Biologia e Artes nas datas comemorativas do mês de junho.


Reutilizando folhas 









Reutilizando tampinhas de garrafa pet




Festa Junina em clima de copa





17 de maio de 2014

Um conceito chamado gênero

Objetivos
Conceituar gênero, sexo e identidade de gênero.
Reconhecer que existem diversas feminilidades e masculinidades.
Refletir sobre os aspectos da socialização feminina e masculina que transformam as diferenças entre homens e mulheres em desigualdades.

Materiais necessários
Folhas grandes de papel
3 cartões (20x10 cm), um escrito HOMEM, outro MULHER e o terceiro SEXO
Fita crepe ou adesiva
Canetas de ponta grossa
Tiras de papel
Desenho de uma árvore bem grande
Texto: Identidade de Gênero para todos (as)
Folha de cartolina com um termômetro desenhado do lado esquerdo, e dividida horizontalmente em três partes (frio, morno, quente)

Questões a serem respondidas

1. O que é ser mulher?
2. O que é ser homem?
3. Como as crianças aprendem qual deve ser o comportamento de uma mulher ou de um homem?
4. Em quais lugares e espaços sociais estão as mulheres? E os homens?
5. Em que situações uma adolescente ou jovem se sente discriminada pelo fato de ser mulher?
6. Em que situações um adolescente ou jovem se sente discriminado pelo fato de ser homem?

Integração

            Cole três folhas grandes de papel na parede, formando três colunas.
Coloque a palavra MULHER na primeira coluna e cole a palavra HOMEM na terceira coluna. Inicialmente, peça aos (às) participantes para falarem o que lhes vêm à cabeça, quando escutam a palavra “mulher”. Escreva as palavras na primeira coluna, à medida que forem falando. Repita a mesma atividade para a coluna “homem”.
Quando esgotarem as características leia cada uma das duas colunas.
Troque os títulos de cada coluna, substituindo a palavra “mulher” pela palavra “homem”, na primeira coluna, e vice-versa em relação à terceira coluna. Pergunte aos/às participantes se as características listadas para as mulheres também poderiam ser atribuídas aos homens e vice-versa.
Na coluna do meio, coloque aquelas que não podem ser atribuídas aos dois sexos, ou seja, as ligadas à biologia. Coloque o cartão com o título SEXO nessa segunda coluna.
Apresente aos (as) participantes os conceitos de gênero e identidade de gênero, explicando que:

Gênero é como nós somos socializados, ou seja, é formado pelas atitudes, comportamentos e expectativas que a sociedade associa ao que é ser homem ou ser mulher. Elas podem ser aprendidas com os amigos (as), a família, nas instituições culturais, educacionais e religiosas ou ainda nos locais de trabalho.

Identidade de gênero refere-se à experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo biológico. A identidade de gênero inclui a consciência pessoal do corpo, no qual podem ser realizadas, por livre escolha, modificações estéticas ou anatômicas por meios médicos, cirúrgicos ou outros. Lembremos, em especial, das pessoas transexuais masculinas e femininas e das travestis. Todos (as) nós temos nossa identidade de gênero, pois se trata da forma que nos vemos e queremos ser vistos, reconhecidos e respeitados, como homens ou como mulheres.

Atividade

  1. Divida os (as) participantes em quatro grupos e peça que façam uma lista com todas as informações que são passadas para as crianças, na infância, sobre ser menino ou menina. Por exemplo: “menino não chora” e “menina tem que sentar de perna fechada”. Distribua tiras de papel e peça que escrevam cada informação em uma tira.
  2. Coloque o desenho da árvore na parede.
  3. Quando terminarem, cada grupo deve fixar suas tiras na raiz da árvore. Os relacionados aos meninos do lado esquerdo e às meninas do lado direito (ou vice-versa).
  4. Depois, peça que reflitam sobre quem costuma dar essas informações para as crianças (família, escola, sociedade, religião e mídia). Peça que, novamente, escrevam as conclusões nas tiras, mas que, agora, as colem no tronco da árvore. Na sequência, proponha uma reflexão conjunta sobre como as pessoas adultas – homens e mulheres – se comportam sendo criadas sob essas orientações.
  5. Os resultados dessa reflexão deverão ser escritos nas tiras e colados como frutos. Quando terminarem, leia de cima para baixo, as respostas que foram dadas e pergunte às/aos participantes a que conclusões se pode chegar olhando para a árvore.
  6. A partir das conclusões, construa o conceito de gênero, em conjunto com as participantes, e aprofunde discutindo o porquê da existência das desigualdades de gênero, onde elas se manifestam, as formas como se expressam e os mecanismos que as reproduzem, a partir das questões a serem respondidas.
  7. Distribua o texto Identidade de Gênero (abaixo) e proponha uma leitura coletiva.

Conclusões

Gênero se refere ao conjunto de relações, atributos, papéis, crenças e atitudes que definem o que significa ser mulher ou homem na vida social.
Na maioria das sociedades, as relações de gênero são desiguais e desequilibradas, no que se refere ao poder atribuído a mulheres e homens.
As desigualdades de gênero se refletem nas leis, políticas e práticas sociais, assim como nas identidades, atitudes e comportamentos das pessoas.
As relações de gênero, quando desiguais, tendem a aprofundar outras desigualdades sociais e econômicas e contribuem para a manutenção de contextos, atitudes e comportamentos violadores dos direitos humanos, tais como a discriminação em função da classe socioeconômica, nível de escolaridade, raça e etnia, idade, orientação sexual, condições de saúde ou deficiência, dentre outras.
Os atributos e papéis relacionados ao gênero não são determinados pelo sexo biológico. Eles são construídos histórica e socialmente e podem ser transformados.

Finalização da oficina

Coloque a folha de cartolina com um termômetro desenhado do lado esquerdo e dividida, horizontalmente, em três partes (frio, morno, quente).
Distribua as canetas coloridas entre todos (as) os (as) participantes e solicite que marquem o que acharam dessa atividade: se foi fria, morna ou quente. Quando terminarem, explore com eles (elas) os pontos positivos e negativos da atividade.

Texto: Identidade de gênero: muitos modos de ser menino e menina

Todos (as) nós, por sermos física e psiquicamente diversos, também expressamos em nossas relações afetivas e sexuais essa diversidade e pluralidade. Ou seja, há muitas maneiras de ser homem e mulher, menino e menina.
Há meninos meigos, sensíveis e atenciosos; há meninas agressivas; meninas que têm interesses por máquinas e cálculos; há meninos brutos; há meninas sensíveis, doces; há meninos que choram e meninas que evitam se expor; há meninos que gostam de cozinha e meninas que detestam. No entanto, somos permanentemente socializados (as) para associar determinados gestos ou opções ao universo exclusivamente masculino, ou feminino, como se não houvesse uma variedade infinita de opções e formas de ser e de estar no mundo.
Os modos socialmente construídos de “ser homem” e “ser mulher” afetam, não somente as relações entre homens e mulheres, mas também as relações vividas com pessoas do mesmo sexo: os meninos tidos como frágeis podem sofrer discriminação dos (as) seus colegas. E as meninas que gostam de jogar futebol podem ser mal vistas pelas outras meninas, pelos meninos e também pelos (as) adultos (as).
Ao nascer menino ou menina, a pessoa, ao longo da vida, forma sua identidade de gênero, que pode sofrer mudanças conforme seus sentimentos, sua percepção sobre si, suas relações com o mundo. Ou seja, nossa identidade é formada pela nossa interioridade (vida psíquica) e exterioridade (interação com o meio social). E dessa relação construímos uma maneira única de ser, que se manifesta em nossos gestos, na maneira como nos vestimos, em nossos adereços, palavras e atitudes. A identidade de gênero é a maneira como alguém se sente e se expressa como homem ou mulher para si e para as pessoas a sua volta, e como deseja ser reconhecido (a) pela sociedade. Em alguns casos, a pessoa se apresenta como homem e mulher, sem que isso corresponda ao seu sexo biológico, como é o caso das travestis. Os (as) transexuais, por sua vez, são pessoas que, tendo nascido do sexo masculino ou feminino, identificam-se como sendo do gênero oposto. Essa identificação conduz, em geral, mas não de forma exclusiva, à modificação hormonal e/ou cirúrgica do corpo e, em particular, dos órgãos genitais.

Devemos lembrar que existe uma infinita variação de comportamentos, de atitudes, de possibilidades de atração afetiva e sexual. A isso chamamos de “diversidade sexual”. “Porém, homens e mulheres que fogem do padrão são geralmente vistos como “ameaças”, aberrações” e sofrem em função dos estigmas e preconceitos e, muitas vezes, são vítimas de discriminação. Gays e lésbicas, travestis e transexuais ainda não são facilmente respeitados ou valorizados por nossa sociedade. Devemos estar atentos (as) e enfrentar o preconceito e a intolerância contra as pessoas que têm expressões afetivas e sexuais por outras do mesmo sexo. Devemos assegurar os direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas.