1 de junho de 2018

O lixo


O lixo é um dos maiores problemas ambientais em âmbito mundial. Ele é um fenômeno puramente humano, uma vez que na natureza não existe, pois tudo no ambiente agrega elementos de renovação e reconstrução do mesmo. Nesse contexto, pode ser encontrado no estado sólido, líquido e gasoso.

Sabe-se que o desenvolvimento econômico, crescimento populacional, a urbanização e a revolução tecnológica vêm sendo acompanhados por alterações no estilo de vida e nos modos de produção e consumo da população. Como decorrência direta desses processos, vêm ocorrendo um aumento na produção de resíduos, tanto em quantidade como em diversidade, principalmente nos grandes centros urbanos. Além do acréscimo na quantidade, os resíduos produzidos atualmente passaram a abrigar na sua composição elementos sintéticos e perigosos aos ecossistemas e a saúde humana, em virtude das novas tecnologias incorporadas no cotidiano. 

Embora tenha havido progresso nos últimos vinte anos, o lixo e grande parte desses detritos não são processados, ou seja, o excedente vai sendo armazenado em proporções alarmantes e o problema cresce gradativamente.

Nas cidades que dispõem de coleta de lixo, esse é deslocado para um lugar específico denominado lixão, onde ficam concentradas enormes quantidades de detritos que se encontram a céu aberto, porém existem também os aterros sanitários, lugares destinados a armazenar o lixo, nesse caso os resíduos são enterrados e compactados. Esses lugares possuem uma paisagem degradada e é um ponto de concentração de doenças e mau cheiro, não é recomendável o contato humano nesse ambiente por causa da insalubridade.

Os dois tipos de depósitos se estabelecem em áreas periféricas que estão sobre fortes problemas de ordem ambiental e social. Muitas vezes o lixo pode ter outros destinos, como áreas desabitadas, encostas, rios e córregos. Esse processo é comum em países subdesenvolvidos onde existem bairros que possuem pouca ou nenhuma coleta de lixo, como esse não tem seu destino adequado produz inúmeros problemas no ambiente e também às pessoas da comunidade. Dentre os principais estão: disseminação de doenças, decomposição de matéria orgânica que gera odor desagradável e produz chorume, contaminação do solo por produtos tóxicos e das pessoas que estão em contato, deslizamento de encosta, assoreamento de mananciais e enchentes, armazenamento de materiais que não são biodegradáveis, além de estragar a paisagem.

Outro ponto não menos importante está na questão social decorrente dos lixões que tornaram uma prova viva da exclusão social e degradação humana, é comum nesses locais a presença de centenas de pessoas que diariamente buscam materiais e objetos que possam ser vendidos para o processo de reciclagem e também restos de alimentos que muitas vezes já se encontram estragados e que mesmo assim são consumidos. Os lixões refletem diretamente as desigualdades sociais presentes em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, além de deixar explícita a degradação humana.

Sabemos que não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção, reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva, pois a correta destinação dos resíduos sólidos é condição primordial para uma cidade sustentável.

Diante de todas as considerações fica evidente que a simples construção de aterros e instalações de lixões não pode ser considerada como uma solução é preciso encontrar maneiras menos impactantes e mais eficientes em caráter ambiental e social.
O lixo deve ser tratado com prudência, pois compromete as reservas de recursos naturais, além de poluir e comprometer outros ambientes.

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