31 de dezembro de 2017

O envelhecimento

O envelhecimento é um processo natural, dinâmico, progressivo e irreversível, no qual ocorrem alterações morfológicas, bioquímicas, fisiológicas, comportamentais e psicossociais. Assim sendo, há uma diminuição na saúde, na funcionalidade, na autonomia e na qualidade de vida da pessoa.

O envelhecimento pode traduzir-se, parcialmente, pela diminuição da estatura e do peso, perda de tecido ósseo e muscular, aumento da gordura corporal e diminuição da quantidade de água corporal.

Compreender as mudanças na composição corporal que acompanham o processo de envelhecimento e as suas implicações na saúde é de suma importância, tanto para o conhecimento gerontológico como para o suporte nutricional do idoso. Estas mudanças estão diretamente implicadas com o estado funcional e de sobrevivência da população idosa.

O envelhecimento e as Alterações corporais

Durante o envelhecimento natural do nosso organismo, as funções fisiológicas começam a declinar progressivamente após os 25 anos, sendo que este ritmo de declínio não é uniforme entre as pessoas, e que em um mesmo indivíduo, o declínio da função de seus órgãos também ocorre em ritmo diferente.

Dentre as alterações corporais fisiológicas, as medidas antropométricas são as mais afetadas. Aqui, uma dessas mudanças que é mais visível é a que diz respeito à estatura, pois esta se mantém até os 40 anos de idade, porém, depois disso, há uma redução de cerca de um centímetro por década, condição esta que se acentua aos 70 anos. Isso ocorre devido alterações na coluna vertebral, arqueamento dos membros inferiores e achatamento do arco plantar. Ademais, o peso, outra medida antropométrica, também sofre redução após os 60 anos, havendo limitação do Índice de Massa Corporal (IMC), e redução do peso dos órgãos.

Os idosos sofrem alterações nos órgãos do sentido, então, no que diz respeito ao paladar, eles possuem uma redução da sensibilidade por gostos primários, como doce, amargo, ácido e salgado. Para mais, ainda há uma redução do número de gemas gustativas, uma vez que jovens possuem 250 gemas gustativas por papila e após os 70 anos, esse número decai para menos de 100 gemas gustativas por papila.

E outra alteração muito comum de observarmos nos idosos é a hipodipsia, ou seja, uma redução na sensação de sede, o que ocorre por disfunções cerebrais e diminuição da sensibilidade dos osmorreceptores.

Existe também uma alteração importante com relação à água corporal total. Há uma redução de 15% a 20% da quantidade de líquidos no organismo, principalmente da água que fica dentro das células, a chamada água intracelular. Quando consideramos a redução de líquidos e o aumento de gorduras no organismo, entendemos que há alteração, tanto na absorção, quanto no metabolismo e excreção de medicamentos. Existem drogas chamadas lipofílicas, aquelas que se ligam à gordura. Exemplo disso é o Diazepam, medicamento que, por ter efeito cumulativo e ligar-se à gordura corporal, tem uma vida média no organismo do idoso de 80 horas e, por isso, pode haver dificuldade para ser eliminada. Pensando nisso, deve ser evitado o uso excessivo de medicamentos pelo idoso devido à dificuldade em metabolizar e excretar alguns remédios.

A redução de ingestão alimentar, a “anorexia do envelhecimento”, é fator importante no desenvolvimento e progressão da sarcopenia, principalmente quando associada a outras co-morbidades. Múltiplos mecanismos levam à ingestão alimentar reduzida no idoso, tais como perda de apetite, redução do paladar e olfato, saúde oral prejudicada, saciedade precoce (relaxamento reduzido do fundo gástrico, aumento da liberação de colecistocinina em resposta à gordura ingerida, elevação da leptina). Fatores psicossociais, econômicos e medicamentosos também estão envolvidos.

Em um adulto normal estima-se que a perda de massa e força muscular pode extrapolar o que seria normal ou próprio do envelhecimento (senescência). Nesse caso temos uma condição, que podemos chamar de síndrome, denominada sarcopenia – derivada do grego (sarkpenia – sark = carne / penia = perda), diz respeito à perda de massa muscular levando, como consequência, a diminuição da sua função.

Em um adulto normal estima-se que a perda de massa muscular ocorra na proporção de 1 a 2% ao ano, podendo esta ser diminuída com medidas preventivas. Se levarmos em consideração estes valores descritos em inúmeros trabalhos da literatura, podemos aceitar que na 8ª década da vida o idoso terá somente 50% de sua massa muscular da juventude.

Outra alteração relevante é a redistribuição desse tecido adiposo. Ocorre uma redução da quantidade de gordura nos membros (braços e pernas) e um aumento do acúmulo de gorduras na região do tronco, aumentando, assim, a chamada gordura central. Quando essa gordura está intrínseca aos tecidos mais internos (viscerais), tem-se aumento da probabilidade de o indivíduo apresentar doenças cardíacas.

O diagnóstico é dado a partir da presença de redução ou perda em 2 dos 3 critérios abaixo:

Massa muscular: quantidade de tecido muscular do corpo. Um adulto saudável deve possuir em torno de 60% de massa muscular em seu corpo.
Força muscular: tensão que o músculo é capaz de gerar em um determinado movimento. Por exemplo, aperto de mão.  
Função muscular: capacidade de produzir movimento. Por exemplo, segurança e velocidade em levantar da cadeira e sair andando.

As intervenções em geral para prevenir ou reverter quadros de Sarcopenia ainda estão restritos à alimentação e ao exercício físico.

Para manter a qualidade, os adultos mais velhos devem cumprir um programa de atividade física que inclui força muscular (musculação, pilates, etc.) e ficar atentos à ingestão de proteínas e aminoácidos.

O ideal é fazer exercícios físicos sob a orientação de um profissional de educação física. A alimentação também deveria ser avaliada e corrigida por nutricionista. Em casos mais graves e específicos, pode-se fazer uso de suplementos alimentares específicos. Mas, idosos com deficiência renal devem procurar um médico, pois a maior ingestão de proteínas e aminoácidos pode comprometer ainda mais a funcionalidade dos rins.

Fonte de pesquisa


Formas de tratamento da sarcopenia:

Dieta: sabemos que a quantidade de ingestão alimentar diminui com o envelhecimento. Grande parte dessa perda “natural” de massa muscular é devido um déficit nutricional relacionado a proteínas, vitamina D e antioxidantes. Aminoácidos específicos (como a leucina) são fontes importantes para a estimulação de vias de sinalização para síntese proteica.
Medicação: em alguns casos pessoas que desenvolvem sarcopenia não podem realizar exercícios físicos e precisam utilizar drogas para controlar a perda de massa magra. Muitas tecnologias estão sendo desenvolvidas para criar medicamentos que previnam essa perda de músculos, porém essa ainda é uma área em desenvolvimento. Substâncias que são utilizadas são os hormônios. O Hormônio de Crescimento (GH) parece ser uma boa estratégia, porém ainda não está claro quais seus efeitos adversos a saúde. Outra substância é a testosterona, que também apresenta ótimos efeitos no controle da massa muscular, porém  associada a muitos eventos cardiovasculares adversos.
Exercício físico: o treinamento com resistência progressivo (a famosa musculação) é estratégia de tratamento mais utilizada. Além de ser de baixíssimo custo, apresenta ótimos resultados no controle da massa muscular. Treinamentos com frequências de 2 a 3x por semana já apresentam efeitos positivos na avaliação de velocidade de marcha. O treinamento aeróbio, flexibilidade e exercícios funcionais também são utilizados no tratamento da sarcopenia. Entretanto, de forma não surpreendente o treinamento aeróbio parece não apresentar efeitos no combate a sarcopenia.


23 de novembro de 2017

15 de novembro de 2017

Déficit hormonal na melhor idade

    Ao envelhecer, o sistema endócrino sofre diversas alterações, que são normais nesta fase da vida. Torna-se comum o surgimento tanto de hiperfunções quanto de hipofunções e, são também, mais difíceis de serem diagnosticadas e tratadas.
Para nosso corpo funcionar plenamente, nossos hormônios, vitaminas, minerais e aminoácidos devem estar em equilíbrio. Se não houver equilíbrio nestes setores a saúde começa a se deteriorar.
É a partir dos 30 anos de idade, aproximadamente, que os hormônios começam a baixar seus níveis entrando em déficit funcional e metabólico. Mas isso pode ocorrer mais cedo devido a um stress grave ou cirurgia, ou pode ocorrer mais tarde porque o individuo cuida muito bem de sua saúde.

Não existe um sequencia cronológica absoluta para os hormônios falharem, mas geralmente começa com os hormônios produzidos na hipófise, como a pregnenolone e do HGH; em seguida vem o cortisol e o SDHEA, e depois vêm os hormônios sexuais. Os hormônios tireoidianos podem sofrer alterações em qualquer fase da vida.

Quando ocorre diminuição dos níveis de pregnenolone, o individuo começa a sentir uma perda de memória, da capacidade de concentração e do raciocínio. Sentimos que é necessário um maior esforço para aprender coisas que antes eram bem mais fáceis. Ler um livro começa a ficar difícil, gravar nomes e fisionomias, tomar decisões… Mas é claro que não é só a pregnenolone quem está envolvida nestes processos. Diversos outros hormônios também estão envolvidos, como a dopamina e neurotransmissores como a serotonina; mas todos eles dependem da produção ideal de pregnenolone.

Quando o HGH (ou hormônio do crescimento) sofre diminuição dos seus níveis ideais, nós começamos o longo processo de envelhecimento. Este é o hormônio responsável por toda regeneração do nosso corpo. Ele é produzido no cérebro e liberado durante aproximadamente 17 minutos do sono profundo e apenas quando estamos em jejum de pelo menos 3 horas é que somos capazes de absorvê-lo. Por isso é importante só dormir após 3hs depois do jantar, e fazer um jantar bem leve e pobre em carboidratos. Um corpo com baixos níveis de HG parece e sente-se bem mais velho do que na verdade é. São pessoas que se comportam como velhos, têm doenças próprias da terceira idade e um desânimo profundo. Ocorre também uma degeneração da musculatura e aumento da massa gorda.

Quando o cortisol está com níveis séricos muito baixos do ideal, isso mostra que o paciente esteve em situação de stress prolongado e que agora desenvolveu fadiga crônica. Alterações graves do nível de cortisol podem causar doenças inflamatórias crônicas, deficiência imunológica, dores crônicas pelo corpo e aumento do apetite.

Outro hormônio importante é o SDHEA (Dehydroepiandrosterona), pois ele é responsável pelo vigor físico e pela produção da testosterona na mulher. Quando seus níveis estão abaixo do normal ha um decréscimo na força física, no vigor, no tônus muscular, e tudo isso se reflete no bem estar geral do paciente, podendo mesmo simular um quadro depressivo.

Quando ocorre a diminuição dos hormônios sexuais, seja na mulher ou no homem, os sintomas são bem parecidos: ondas de calor intenso, grande variação do humor, depressão, irritação, aumento do peso e diminuição da libido. Tudo em consequência da menopausa (mulher) e da andropausa (homem).

Na tireoide, a produção de triiodotironina, T3, é diminuída devido à redução da liberação de TSH (hormônio estimulante da tireoide) pela hipófise. A tiroxina, T4, sofre menor influência da queda de TSH. A deficiência causa aumento no colesterol, sonolência, ganho de peso, diminuição de frequência cardíaca.
Para tratar estes desequilíbrios hormonais é muito importante procurar ajuda médica. É extremamente perigoso fazer reposição hormonal por conta própria. O médico vai dosar estes hormônios e avaliar o quadro metabólico do paciente fazendo uma reposição compatível com as necessidades pessoais de cada um.
Hoje em dia a forma mais segura de fazer isso é usando apenas hormônios bioidênticos. Estes hormônios são produzidos para serem absolutamente iguais aos dos seres humanos e por isso não causam efeitos colaterais nem reações adversas.

O tratamento de várias alterações hormonais é feito de forma progressiva e cuidadosa, e o médico sempre vai sugerir mudanças saudáveis de hábitos e acompanhamento rigoroso das dosagens hormonais através de exames laboratoriais.

Sites de pesquisa do texto

15 de agosto de 2017

Sistema endócrino

O Sistema Endócrino é constituído pelas glândulas endócrinas, assim chamadas por lançarem, diretamente no sangue, os hormônios que produzem.

Os hormônios são mensageiros químicos que influenciam ou controlam as atividades de diversos órgãos do corpo. A ação dos hormônios se dá quando este é lançado através da corrente sanguínea pelas glândulas endócrinas, assim, chegando à célula alvo, liga-se a receptores específicos localizados na superfície da célula.



Hipotálamo é uma região do encéfalo dos mamíferos, localizado abaixo do tálamo e acima da hipófise. Tem a função de regular algum dos processos metabólicos e outras atividades autônomas. Ele faz a intermediação entre o sistema nervoso e o endócrino e libera hormônios. O hipotálamo controla a temperatura do corpo, a fome, a sede e principal controlador de expressão emocional e o comportamento sexual. A regulação do metabolismo, da reprodução, a produção de urina e outras sensações, ou seja, é bem abrangente.

As glândulas endócrinas estão localizadas em diversas partes do corpo: hipófise, tireoide, paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e glândulas sexuais.

Hipófise

Hipófise ou pituitária é uma pequena glândula, localizada na base do cérebro, em uma área chamada sela túrcica.  Encontra-se abaixo do hipotálamo, que controla grande parte das funções da hipófise, e está ligada a ele por uma haste hipofisária.  Também é conhecida como “glândula mestre”, por ser responsável pelo funcionamento de outras glândulas do corpo. Do ponto de vista fisiológico a hipófise é dividida em duas partes distintas: adeno-hipófise ou lobo anterior e a neuro-hipófise ou lobo posterior.

Adeno-hipófise é a parte anterior da hipófise capaz de sintetizar e secretar hormônios. Alguns deles são chamados de tróficos porque estimulam e controlam outras glândulas endócrinas. Os mais importantes e bem conhecidos são:
TSH (tireotrofina) estimula a glândula tireoide a produzir o hormônio tiroxina.
ACTH (adrenocorticotrófico) estimula o córtex da glândula suprarrenal a produzir os hormônios glicocorticoides (cortisol)
Prolactina – estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias e o aumento das mamas.
FSH (hormônio estimulador do folículo) estimula o crescimento e a secreção de estrógenos nos folículos ovarianos e a espermatogênese nos testículos.
STH (somatotrofina, hormônio do crescimento ou GH) – promove o crescimento do organismo e influencia o metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídios. O excesso na infância provoca o gigantismo e a deficiência o nanismo. O excesso no adulto provoca acromegalia.
LH (hormônio luteinizante) – propicia a ocorrência da liberação do óvulo (ovulação) e formação do corpo lúteo (corpo amarelo) pelo ovário, bem como produção de testosterona nos testículos.

Neuro-hipófise parte posterior da hipófise formada de tecido nervoso. Sintetiza a ocitocina e a vasopressina.    
ADH (hormônio antidiurético) ou vasopressina - Este hormônio é produzido no hipotálamo, a hipófise armazena e libera na corrente sanguínea. Atua no controle da eliminação de água pelos rins, portanto tem efeito antidiurético, ou seja, é liberado quando a quantidade de água no sangue diminui, provocando uma maior absorção de água no túbulo renal e diminuindo a urina. Quando o nível desse hormônio está acima do normal, ocorre a contração das arteríolas, provocando um aumento da pressão arterial, por isso o nome vasopressina. Há casos em que a quantidade de ADH no organismo da pessoa é deficiente, provocando excesso de urina e muita sede. A esse quadro damos o nome de diabetes insípida.
Ocitocina – contração da musculatura uterina no parto e liberação de leite das glândulas mamárias.
Tireoide

Tireoide é uma glândula que mede aproximadamente 5 cm e está localizada na parte anterior do pescoço, próxima a traqueia e a laringe. Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere também no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) que atua em todos os sistemas do nosso organismo.
Os distúrbios da tireoide ocorrem quando essa glândula não está funcionando corretamente, podendo produzir mais ou menos hormônios do que o normal.
Inflamação da tireoide (tireoidite) devido a infecções virais ou outros motivos.

Doenças da glândula tireoide

Hipotireoidismo – acontece quando os níveis de T3 e T4 estão baixos. Nesse caso sintomas como cansaço, sonolência, ganho de peso, pele seca, constipação, intolerância ao frio, cabelos e unhas secos e quebradiços, fadiga e raciocínio lento podem ocorrer.

Hipertireoidismo é uma condição na qual a glândula tireoide produz excesso de hormônios tireoidianos. Os sintomas incluem aumento da frequência cardíaca, nervosismo, agitação, inquietação, insônia ou dificuldade para dormir, emagrecimento, aumento da sensação de calor, pele avermelhada, face rosada, instabilidade emocional e diarreia.

Doença de Graves – causa mais comum de hipertireoidismo - é um distúrbio autoimune em que são produzidos anticorpos que provocam inflamação da tireoide com secreção excessiva de hormônios.

Tireoidite de Hashimoto - é uma doença autoimune, cuja principal característica é a inflamação da tireoide causada por um erro do sistema imunológico. Na tireoidite de Hashimoto, o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide. Esses anticorpos provocam a destruição da glândula ou a redução de sua atividade, o que pode levar ao hipotireoidismo por carência na produção dos hormônios T3 e T4.
A doença pode ser mais comum em algumas famílias, o que pode indicar um fator genético. Acomete também mais as mulheres do que aos homens, e sua prevalência aumenta à medida que as pessoas envelhecem.
O diagnóstico leva em conta sintomas como: o aumento da glândula, que se apresenta endurecida, lentidão dos reflexos e anemia, por exemplo. Exames de sangue permitem dosar a quantidade dos hormônios tireoidianos T3 e T4, do hormônio TSH produzido pela hipófise, que estimula o funcionamento da tireoide, e a presença de anticorpos antitireoide.

Tireoidite de Quervain ou tireoidite subaguda – não tem causa conhecida e resulta em um aumento doloroso da glândula e na liberação de grandes quantidades de hormônio no sangue.

Tireoidite de Riedel ou tireoidite fibrótica – distúrbio fibro-inflamatório raro que pode causar hipotireoidismo. As lesões causadas pela tireoidite fibrótica podem piorar de forma lenta e progressiva se não forem tratadas. Em alguns casos, o tecido da tireoide pode ser totalmente destruído. Pacientes com este mau costumam sentir falta de ar, sensação de sufocamento e disfagia.

Tireoidite pós-parto – cerca de 5 a 10% das mulheres manifestam hipertireoidismo leve a moderado alguns meses após o parto. Nesses casos, o distúrbio costuma durar de um a dois meses e, frequentemente, é seguido por vários meses de hipotireoidismo antes do organismo se normalizar espontaneamente. Entretanto, em alguns casos, a tireoide não se recupera, e o hipotireoidismo se torna permanente, sendo necessária a reposição hormonal ao longo da vida.

Bócio é uma doença que consiste no aumento do volume da glândula tireoide. No passado, era comum devido à carência de iodo na dieta, mas com sua adição ao sal de cozinha diminuiu muito a incidência de bócio. Portanto em algumas áreas a carência de iodo é muito comum e é a principal causa do hipotireoidismo.

Câncer de tireoide - é pouco comum. Existem quatro tipos: papilar, folicular, anaplásico e medular. Cerca de 80% são papilares, afetam mais mulheres do que homens e são mais comuns em jovens. Aproximadamente 15% são foliculares. É um tipo mais agressivo e é mais frequente em mulheres idosas. O câncer anaplásico também é mais comum em idosas, representa 2% do total e tende ser agressivo e de difícil tratamento. O câncer medular produz calcitonina e pode ser encontrado sozinho ou com outros tumores endócrinos, como parte da síntese de neoplasia endócrina múltipla. Representa aproximadamente 3% do total e pode ser também de tratamento difícil, especialmente quando se dissemina para fora da tireoide.

Nódulos de tireoide - é uma massa de tecido tireoidiano que cresceu ou um cisto cheio de líquido que se forma na tireoide podendo ser causado por várias condições, a maioria delas benigna. menos de cinco por cento dos nódulos identificados são malignos. Isso significa, portanto, que noventa e cinco por cento dos nódulos tireoidianos são lesões benignas.
Embora os sintomas não sejam comuns, um nódulo grande pode, às vezes  causar dor, rouquidão ou atrapalhar a engolir ou respirar.
Alguns exames que podem indicar alterações na tireoide T3, T4, TSH. ultrassonografia e biopsia. 

Paratireoides 

Paratireoides são quatro pequenas glândulas endócrinas, localizam-se mais comumente na face posterior da tireoide, nos polos superiores e inferiores da glândula. Essas glândulas cumprem uma importante função, uma vez que produzem o paratormônio (PTH), que regula os níveis de cálcio e fósforo no organismo, dentro de valores que permitam o bom funcionamento dos sistemas muscular e nervoso.
A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se contraiam violentamente. Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.

Timo está situado entre os pulmões. Essa glândula atua no sistema imunológico e desempenha o papel de promover a maturação da célula de defesa linfócito T. O correto funcionamento do timo é fundamental para a efetividade da resposta imunológica do organismo.
Essa glândula cresce até a adolescência, depois dessa etapa começa a atrofiar de tamanho, mas continua desempenhando sua função de proteção do organismo, produzindo anticorpos. 


Suprarrenais


Suprarrenais também conhecidas como Adrenais, são glândulas componentes do sistema endócrino. Elas estão localizadas acima de cada rim e na parte mais anterior. Cada uma delas possui cerca de 5 cm de diâmetro, sendo dividida em duas partes principais: uma camada externa, conhecida como córtex, e uma parte central, chamada medula.
A medula suprarrenal é responsável pela produção de adrenalina e noradrenalina. Os dois hormônios são importantes na ativação dos mecanismos de defesa do organismo, diante de condições de estresse, tais como emoções fortes, infecções, doenças graves, entre outros.
Adrenalina é um hormônio que aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, em resposta ao estresse ou ansiedade. O fluxo sanguíneo para os músculos aumenta, a pele empalidece, as pupilas dos olhos dilatam e o fígado libera glicose no sangue. Estas alterações preparam o corpo para ação imediata.
A adrenalina é muito utilizada como um medicamento para estimular o coração nos casos de parada cardíaca, para prevenir hemorragias e para dilatar bronquíolos dos pulmões quando ocorre ataque de asma agudo.
Noradrenalina é um hormônio que acelera os batimentos cardíacos e mantém a tonicidade muscular nos vasos sanguíneos, controlando a pressão sanguínea.
O córtex suprarrenal é responsável por sintetizar hormônios importantes no processo metabólico, como aldosterona e o cortisol.
Cortisol estimula a formação de carboidratos a partir de proteínas e outras substâncias, processo chamado de gliconeogênese. Esse hormônio também diminui a utilização de glicose pelas células, aumenta o armazenamento de glicogênio pelo fígado, mobiliza ácidos graxos que serão úteis na produção de glicose e impede o desenvolvimento de inflamações.
Aldosterona auxilia na retenção de sódio, agindo no equilíbrio dos líquidos. Glândulas salivares e sudoríparas sofrem a influencia desse hormônio na retenção de sódio, enquanto que ele também interfere na absorção de sódio pelo intestino. Aumenta a reabsorção de potássio.

Doenças da glândula suprarrenal

Doença de Addison, também conhecida como insuficiência suprarrenal crônica ou hipocortisolismo, é uma rara doença endocrinológica. Ela progride lentamente e os sintomas podem ser discretos ou ausentes até que ocorra uma situação de estresse. Os sintomas mais comuns são: fadiga crônica, com piora progressiva, fraqueza muscular, perda de apetite, perda de peso, náuseas e vômitos, diarreia, hipotensão, que piora ao se levantar, áreas de hiperpigmentação (pele escurecida), irritabilidade, depressão, vontade de ingerir sal e alimentos salgados e hipoglicemia (esse sintoma mais frequente em crianças).

Síndrome de Cushing é uma doença endócrina, causada por níveis elevados de cortisol no sangue. Os principais sintomas são o aumento de peso, com gordura se depositando no tronco e no pescoço. Ocorre, também, afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura e, consequentemente, fraqueza muscular, que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer.

Feocromocitomas são tumores, geralmente benignos, formados por células produtoras de catecolaminas. Costumam se originar da medula da suprarrenal, mas podem se localizar nos gânglios ao lado da coluna vertebral. O quadro clínico mais típico são as chamadas crises adrenérgicas: episódios de palpitação (aceleração do coração), elevações de pressão arterial, dor de cabeça e sudorese. 


Pâncreas 


O pâncreas é uma glândula com tamanho entre 15 a 25 cm, está localizado no abdômen, em uma região atrás do estomago, entre o duodeno e o baço. Pesa cerca de 100 gramas e apresenta três regiões principais: a cabeça, o corpo e a cauda. É responsável pela produção de hormônios e enzimas digestivas. Por apresentar dupla função, essa estrutura pode ser considerada, um exemplo de glândula mista, ou seja, apresenta funções exócrinas e endócrinas. Sua função exócrina relaciona-se com a produção de suco pancreático e a endócrina corresponde à sua capacidade de produzir insulina e glucagon, dois hormônios que garantem níveis adequados de açúcar no sangue.
Esses hormônios são produzidos nas ilhotas de Langerhans, um grupo de células que possuem forma esférica.
O pâncreas pode ser atingido por varias doenças, tais como a pancreatite, câncer e insuficiência pancreática. Outras condições relacionadas a disfunções no pâncreas são, por exemplo, a fibrose cística e a diabete.

Pancreatite é uma inflamação do pâncreas, sendo provocada quando há a ativação das enzimas pancreáticas dentro do próprio pâncreas e não no duodeno. Com isto as enzimas passam a “digerir” a glândula, causando dores e outros sintomas. A pancreatite pode ser do tipo aguda ou crônica.
Pancreatite aguda é a inflamação repentina do pâncreas e que geralmente dura poucos dias, no entanto exige cuidados médicos e internamento na maior parte dos casos. Ela ocorre quando as enzimas digestivas produzidas no pâncreas são ativadas no interior do órgão, causando danos.
Alguns fatores são considerados de risco por especialistas para o desenvolvimento de pancreatite aguda. Estes são: histórico familiar da doença, tabagismo, alcoolismo e o uso de alguns medicamentos.
Os sinais de pancreatite podem variar de pessoa para pessoa, mas o sintoma mais comum desta forma de doença é a dor progressiva na parte superior do abdômen, que torna-se constante e piora com o passar dos dias. A dor causada pela forma aguda da pancreatite também pode apresentar outros sintomas.
Já a pancreatite crônica é caracterizada por uma dor constante no abdômen, podendo ou não haver aumento de enzimas pancreáticas no sangue. A pancreatite crônica leva à degeneração dos tecidos pancreáticos e pode provocar insuficiência pancreática, infecção bacteriana ou diabetes do tipo II, por exemplo. Alcoolismo e obstrução no ducto são também as mais frequentes causas da pancreatite crônica.

O câncer de pâncreas é caracterizado pela multiplicação desordenada de determinadas células. As células saudáveis têm um tempo de vida e morrem quando o organismo não mais necessita delas, no entanto, as cancerígenas continuam se multiplicando podendo afetar inclusive outros órgãos e tecidos. A multiplicação das células cancerígenas pode ser bastante agressiva e descontrolada, o que leva à formação dos tumores característicos da condição.
No caso do câncer de pâncreas, fatores de risco como a idade, hábito de fumar e exposição a substâncias industriais devem ser levados em conta. Além disto, o câncer de pâncreas é mais frequente no sexo masculino. O diagnóstico precoce é tanto quanto complicado, visto que, no início, a condição não gera sintomas aparentes. Ou ainda, quando estes estão presentes, são sintomas inespecíficos como náuseas, perda de apetite e dores abdominais. Consultar um médico com frequência e realizar exames de rotina são medidas fundamentais para a prevenção deste e de outros tipos de câncer.

Insuficiência pancreática é caracterizada pela insuficiência do pâncreas em produzir e secretar devidamente as enzimas para digestão e absorção de alimentos.

Diabete é uma doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia). Ela se manifesta quando o corpo não produz a quantidade essencial de insulina para que o açúcar do corpo se mantenha normal.
Fatores genéticos transcricionais, bem como fatores ambientais relacionados ao estilo de vida das pessoas (obesidade, sedentarismo e infecções), provocam distúrbios na síntese desses hormônios, comprometem o organismo causando Diabetes Mellitus tipo I ou tipo II, desregulando a taxa de glicose no sangue.
No diabetes tipo I, o pâncreas não consegue produzir insulina, o que faz com que o nível de glicose no sangue fique alto, um quadro denominado de hiperglicemia. A pouca produção do hormônio ocorre em razão do ataque do sistema imunológico às células beta, um grupo de células das ilhotas de Langerhans responsáveis de produzir insulina.
No diabetes do tipo II existe uma combinação de dois fatores – a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. Este tipo de diabetes ocorre em cerca de 90% dos pacientes.
O tratamento desta doença requer muito cuidado, deve-se controlar o açúcar no sangue principalmente. É necessário muitos exercícios e também dietas de acordo com o tipo e também com o paciente. Em geral os diabéticos não devem comer com muita frequência alimentos doces. As pessoas com diabetes muitas vezes têm o colesterol alto, porém para baixá-lo também é necessário controlar o açúcar. Alguns medicamentos também são usados, como a insulina e também hipoglicemiantes orais.

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos, etc.

Links de pesquisa                 

21 de junho de 2017

Aquecimento global

       A proposta a seguir é de um seminário a respeito dos principais fatores que influenciam as alterações climáticas, que vêm ocorrendo ao longo dos anos em diversas regiões do planeta.

            Essa atividade será realizada em grupos de cinco a seis alunos e deverá contar com a orientação do professor para pesquisa, a seleção de textos, a elaboração e apresentação do seminário.


          O professor selecionará os temas relacionados às alterações climáticas e distribuirá para as equipes. Para elaboração do trabalho ele deverá sugerir a bibliografia e alguns sites que podem ser consultados, assim como discutir os conteúdos relevantes do tema.

Distribuição dos temas referentes as alterações climáticas.


Avaliação

Será através de relatórios individuais dos principais conteúdos de cada tema apresentado. 

Fonte 

Série Professor em Ação 

Mapa dos desequilíbrios ambientais


10 de junho de 2017

Oficinas

As oficinas abaixo, cujo tema era sustentabilidade, foram realizadas no dia 31 de maio de 2017 no Centro Comunitário do Satélite – Natal RN. A 1ª oficina foi ministrada por Silvana e a 2ª por Márcia.

IDEMA – INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

OFICINA DE FABRICAÇÃO DE SABÃO ARTESANAL COM ÓLEO DE FRITURA

INSTRUTORA – ANA MARIA DE CARVALHO – TÉCNICA / IDEMA / SPEA

SABÃO EM BARRA (LAVAR ROUPA)

OBS. USAR UTENSÍLIOS PLÁSTICOS

CUIDADO NO MANUSEIO:

Usar luvas, máscara, colher de plástico grande, local ventilado, não inspirar a fumaça liberada, pois ela é tóxica.

Material usado:

350 g de soda cáustica;
750 ml de água quente (reservar 50 ml para dissolver as 04 colheres de sabão em pó)
02 litros de óleo de fritura;
04 colheres de sabão em pó;
20 ml de essência (opcional);
100 ml de amaciante.

Método de fazer

Em uma vasilha de plástico coloca-se a soda cáustica e em seguida 700 ml de água quente, adicionar o óleo aos poucos e mexer bem, adicionar a essência, o amaciante e mexer por 10 a 20 minutos até dar o ponto. Por fim colocar em formas e esperar endurecer aproximadamente por 02 a 04 dias, depois enrolar em papel jornal e esperar duas semanas para usar.

SABÃO EM BARRA (LAVAR PRATO)

350 g de soda cáustica;
750 ml de água quente não fervente;
02 litros de óleo de fritura;
100 ml de detergente.
Dissolver a soda cáustica em água quente, colocar o óleo já devidamente coado e mexer até dar o ponto por 10 a 20 minutos. Colocar em formas e esperar endurecer (aproximadamente 02 a 04 dias) e esperar duas semanas para usar.



A 2ª oficina foi sobre reaproveitamento de caixas, ministrada por Márcia.