31 de janeiro de 2021

Os vírus

      A virologia é o ramo da Microbiologia que estuda os vírus e suas propriedades.

Os vírus foram descobertos a partir dos estudos realizados por Dmitri Iwanowski e Martinus Beijerinck em 1892 e 1898, respectivamente. Esses pesquisadores estudaram o agente causador da doença denominada  de mosaico do tabaco, que deixava as folhas manchadas entre a coloração verde-escura e clara. Apesar da descoberta, os vírus foram visualizados apenas na década de 1940, após a invenção do microscópio eletrônico.

Os vírus são agentes infecciosos microscópicos, sendo até 10.000 vezes menores que a maioria das bactérias. É a estrutura biológica mais comum em nosso planeta, sendo mais numerosos que animais, plantas, fungos, parasitas e bactérias juntos.

Nem todos os vírus que existem são capazes de penetrar o organismo humano. Da mesma forma, nem todos os vírus presentes no nosso organismo são capazes de provocar doenças. Muitas vezes, um vírus capaz de infectar plantas ou bactérias é completamente inócuo para os seres humanos. O inverso também é possível, como o vírus da varíola, que é capaz de infectar humanos, mas não outros seres vivos.

Existe cerca de 21 famílias de vírus capazes de provocar doenças nos seres humanos. Uma mesma família pode ser responsável por diversas doenças diferentes, como é o caso da família Herpesviridae, composta por mais de 130 tipos de vírus, que podem provocar herpes simples, catapora, herpes zoster, mononucleose, sarcoma de Kaposi, exantema súbito, citomegalovirose, etc.

O que é um vírus?

Para a maioria da comunidade científica, os vírus não são considerados seres vivos. Na verdade, ele é um híbrido entre seres vivos e seres não vivos, pois apresenta características de ambos. A justificativa para não considerá-lo um ser vivo vem do fato dos vírus não possuírem características celulares, serem incapazes de produzir sua própria energia, não crescerem, não se dividirem e serem completamente inertes no ambiente. Um vírus é basicamente uma pequena coleção de material genético (DNA ou RNA) envolto por uma cápsula de proteína.

Para que o vírus apresente algum sinal de atividade e se reproduza, ele precisa estar dentro da célula de algum ser vivo. Por isso, ele é considerado um parasita intracelular obrigatório. Fora do meio intracelular, um vírus é uma estrutura inanimada.

Estrutura de um vírus


Capsídeo é uma capa composta de capsômeros (subunidades proteicas) de uma mesma proteína ou diferentes tipos de proteínas. Tem como objetivo proteger e oferecer rigidez à partícula viral.

Envelope viral

    • É derivado das membranas celulares do hospedeiro através de brotamento.
    • É constituído de uma camada dupla lipídica com proteínas associadas;
    • As proteínas do envelope são codificadas pelo vírus e são na sua maioria glicoproteínas;
    • O número de proteínas varia de uma até mais de dez, dependendo do vírus;
    • Tem várias funções incluindo a ancoragem inicial do vírion na célula, penetração, fusão e disseminação do vírus na célula.
    • Algumas drogas são dirigidas contra as proteínas do envelope e podem reduzir a capacidade do vírus de se ligar às células e iniciar a infecção, reduzindo a infectividade.
    • O processo de brotamento e aquisição do envelope pode ou não resultar na destruição da célula infectada;
    • A liberação de um grande número de vírus pode comprometer a integridade celular.

O genoma dos vírus codifica dois tipos de proteínas: as estruturais e não estruturais

    • As proteínas estruturais incluem as que fazem parte do capsídeo e o tegumento (camada de proteína que fica entre o envelope e o capsídeo) e associam-se e empacotam o genoma viral;
    • As proteínas não estruturais são produzidas dentro da célula infectada e desempenham diferentes funções na replicação viral, um exemplo disso é a transcriptase reversa dos retrovírus;
    • Os genomas de RNA na maioria são de fita simples, poucos possuem RNA de fita dupla (reovirus ou bornavírus).

Os genomas de RNA podem ser divididos em:

RNA de sentido positivo (+): O RNA genômico serve de RNA mensageiro e é traduzido pelo ribossomo da célula do hospedeiro.

RNA de sentido negativo (-): O RNA genômico é complementar ao que é traduzido e por isso não pode ser traduzido diretamente pelos ribossomos.

Quanto maior o genoma, maior será a quantidade de proteínas codificadas por ele, mas quando o genoma é pequeno, uma única proteína adquire muitas funções.

Espículas virais são estruturas que se ligam ao hospedeiro para causar infecção. Estão presentes nos vírus envelopados e não envelopados, onde nos primeiros estão presentes no envelope e nos segundo no capsídeo.


Capsômeros são protuberâncias visualizáveis em vírus não envelopados.  A maneira como os capsômeros são agrupados no momento da montagem dentro da célula hospedeira determina a simetria viral.

Tipos de simetria

A partir do arranjo estrutural do nucleocapsídeo, os vírus apresentam as seguintes simetrias: icosaédrica, helicoidal e complexa.

Simetria Icosaédrica é o tipo de simetria mais comum, gastando menos energia para ser formada, além de apresentar maior área interna.



       Helicoidal capsômero e DNA/RNA interagem equivalentemente, é menos

 comum que a simetria icosaédrica.

                Complexa os vírus que normalmente infectam bactérias e que têm uma espécie de cabeça e cauda usada para perfurar as bactérias.

Taxonomia

Uma taxonomia unificada para vírus só foi desenvolvida em 1966, pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV). Este esquema de classificação é inspirado no sistema de classificação de Lineu para outros organismos.

Esquema básico de classificação hierárquica

    • Ordem – sufixo virales
    • Família – sufixo viridae
    • Subfamílias – sufixo virinae
    • Gênero – sufixo vírus
    • Espécie – nome acompanhado do termo vírus

A classificação em subespécies, cepas, variantes e isolados não existe de forma oficial, embora sua importância seja reconhecida para o diagnóstico, para estudos biológicos e moleculares e também para a produção de vacinas.”

 O termo isolado (amostra) refere-se a um vírus que foi obtido por isolamento de uma determinada fonte de infecção (animal infectado).

 O termo cepa é utilizado para designar amostras de vírus que já foram bem caracterizadas e sobre as quais já se possui certo conhecimento.

 Espécie de vírus é uma classe politética de vírus que constitui uma linhagem replicativa e ocupa um nicho ecológico particular.

Bases de classificação

            1. Tipo de ácido nucleico

            2. Tamanho e morfologia

      • Simetria
      • Número de capsômeros
      • Presença ou ausência de envoltório

            3. Presença de enzimas específicas

      • Polimerases
      • Neuroaminidase

            4.  Susceptibilidade ao éter ou outros agentes químicos ou físicos.

            5. Propriedades imunológicas.

            6. Métodos naturais de transmissão.

            7. Tropismo celular, tecidual e de hospedeiro.

            8. Patologia, formação de corpúsculos de inclusão.

            9. Sintomatologia.



Para o vírus ser capaz de se multiplicar e provocar doenças é essencial que ele consiga penetrar dentro de alguma célula do nosso organismo. Esse processo nem sempre é simples.

Nossas células apresentam moléculas em sua superfície que agem como uma espécie de fechadura. Para que qualquer estrutura possa atravessar a parede celular é preciso ter uma “chave” que combine com a “fechadura” presente na superfície da célula. Células diferentes expressam “fechaduras” diferentes.

Se  no nosso corpo não existir uma célula com uma estrutura compatível com a que o vírus possui, ele entrará no nosso corpo, não conseguirá penetrar em nenhuma célula e será facilmente removido pelo sistema imunológico.

Este fato explica porque alguns vírus são incapazes de infectar humanos, ficando restritos a vegetais ou outros animais. Essa mesma analogia explica porque alguns vírus só provocam infecções respiratórias enquanto outros só atacam o sistema gastrointestinal, o fígado ou o sistema nervoso. Logo, podemos concluir que os vírus não atacam as células que ele quiser, eles só atacam as células que ele puder.

A multiplicação viral ocorre em seis etapas:

  • Adsorção: o vírus se adere à célula hospedeira;
  • Penetração: o vírus entra total ou parcialmente na célula hospedeira;
  • Desnudamento: o material genético do vírus é liberado no interior da célula;
  • Biossíntese: o material genético é duplicado e as proteínas necessárias para formar o capsídeo são sintetizadas;
  • Morfogênese: as estruturas formadoras do capsídeo e do material genético se organizam dentro da célula;
  • Liberação: ocorre a lise da célula e os novos vírus são liberados.

 Ciclo reprodutivo dos vírus

  Os vírus possuem dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico.

 No ciclo lítico, a célula é infectada e os vírus comandam todo o processo reprodutivo em seu interior, deixando a célula totalmente inativa. O vírus assume o metabolismo da célula e pode produzir até 200 vírus, provocando lise celular. Os vírus que foram produzidos atacam outras células e recomeçam o ciclo.

 No ciclo lisogênico, o ácido nucleico do vírus entra no núcleo da célula e incorpora-se ao ácido nucleico celular. O vírus, então, começa a participar das divisões celulares. À medida que a célula sofre mitoses, a carga viral é repassada às células-filhas, infectando todo o organismo.


Fontes de pesquisa

https://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/biologia/viroses_quadro_resumo/

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/nomenclatura-classificacao-dos-virus-e-principios-da-virologia/33831

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/virus.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coronav%C3%ADrus

https://biologo.com.br/bio/virologia/

https://descomplica.com.br/artigo/virus-definicao-e-classificacoes/66L/

https://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/virus.htm


https:www.mdsaude.com/doenças-infecciosas-causadas-por-virus

https://www.todamateria.com.br/virus/ 

http://coronavirus.butantan.gov.br/ultimas-noticias/uma-breve-historia-dos-virus-na-visao-de-um-naturalista

8 de março de 2020

A escola dos bichos

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola.
Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O pássaro insistiu para que houvesse aulas de voo.
O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental.
E o coelho queria que de qualquer jeito a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas cometeram um grande erro.
Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele.
Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voa Coelho”.
Ele saltou lá de cima e “pluf”... Coitadinho! Quebrou as pernas.
O coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma topeira. Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidade próprias dadas por Deus.

Após a leitura da mensagem, refletir sobre a situação do cotidiano da sala de aula nos dias atuais.


A defasagem em sala de aula e o papel do professor

Cada aluno aprende de um jeito. Dentro de uma mesma sala de aula temos uma diversidade de alunos quando pensamos em características comportamentais e cognitivas. Cada um tem uma história, que é única, e decorre das particularidades de sua estrutura biológica, psicológica, familiar e sociocultural, resultando em diferenças que interferem diretamente na maneira como eles se apropriam do conhecimento na escola, ou seja, eles aprendem de formas diversas.
Tendo em vista essas condições, é importante estarmos conscientes de que os níveis de aprendizagem em uma sala de aula serão distintos, e devemos estar preparados para lidar com esse aspecto do trabalho docente, de modo que o desenvolvimento dos alunos não seja prejudicado. É função da escola detectar a diversidade presente nas salas de aula e criar condições para que os conteúdos trabalhados, quando não são bem compreendidos, sejam retomados em classe com novas atividades e estratégias de ensino” (FRAIDENRAICH, 2010).
Antes mesmo de refletirmos sobre rendimento e defasagem escolar, salientamos que, para um bom desempenho dos alunos em sala de aula, é fundamental que eles compreendam a importância dos estudos e abandonem a visão pessimista que muitos têm de que “estudar é chato”. Atividades instigantes, desafiadoras e que saiam da rotina contribuem para atrair a atenção do aluno e para o desenvolvimento de competências que favoreçam tanto a aprendizagem quanto a sua formação socioemocional. O envolvimento da família nesse processo é de suma importância para criar uma relação de confiança com a escola.
Também devem fazer parte da rotina os trabalhos em grupo, em dupla e individual. Para cada um deles, é possível desenvolver diferentes habilidades. Ao propor trabalhos em dupla ou em grupo, é importante misturar alunos que possuam diferentes níveis de aprendizagem, pois dessa forma um ajuda o outro e desenvolvem diferentes competências, como trabalho em equipe, organização, liderança e empatia. Em outros momentos, concentrar nos grupos os alunos com níveis de aprendizagem semelhantes é relevante para dar a atenção necessária, e de maneira integrada, para o grupo. Já os trabalhos individuais permitem ao aluno momentos de autonomia e criatividade.
Do mesmo modo, é importante utilizar outros espaços, além da sala de aula, para atividades de ensino e aprendizagem, como o pátio da escola, o laboratório, o bairro, uma praça, um parque municipal, um museu etc. Tais espaços possibilitam, muitas vezes, a aprendizagem de forma lúdica, informal, permanecendo o objetivo educativo.
Outro ponto importante é alternar o uso de materiais pedagógicos – revistas, mapas, jogos didáticos, histórias em quadrinhos, músicas, filmes – que desafiam o aluno a refletir e a diversificar as formas de aprendizagem e expressão do conhecimento formulado.
Isso porque há alunos que são mais visuais, outros que são mais auditivos e outros, cinestésicos.
A avaliação diagnóstica inicial, com atividades variadas de escrita, leitura e interpretação de diferentes linguagens, auxilia a detectar as principais características dos alunos, pois alguns podem ter dificuldades em interpretar uma música (estímulo auditivo), por exemplo, enquanto outros podem ter bom desempenho em analisar uma imagem (estímulo visual).
Utilizar ferramentas digitais também é um ótimo recurso, quando corretamente empregado e mediado pelo professor. No caso das escolas que tenham sala de tecnologia, o professor pode usar as ferramentas como sites e aplicativos para corrigir as defasagens. Em alguns casos, quando se detecta que a defasagem de determinado aluno está muito aquém do desempenho da turma, é importante desenvolver atividades educativas separadas dos demais, para avançar com ele na compreensão de certos conteúdos. Assim, o professor deve desenvolver de maneira constante a reflexão para demonstrar que o ato de estudar não é apenas fundamental, mas também prazeroso, despertando, assim, o interesse dos alunos.
A união entre teoria e prática é importante porque propicia aos alunos momentos em que eles possam debater, refletir e emitir opiniões sobre acontecimentos ocorridos em contextos locais e mundiais. Dessa forma, a prática reflexiva sobre os conteúdos estudados é essencial para o ensino contextualizado.

Sites de busca
www.soescola.com
www.refletirpararefletir.com.br


17 de novembro de 2019

Orquídea Cattleya


          Cattleya é um gênero de orquídeas de flores grandes e vistosas, muito popular, com inúmeros híbridos amplamente disponíveis no comércio. Tradicionalmente Cattleya era formada por cerca de 50 espécies, mas, em 2008, teve seu conceito ampliado para incluir as espécies anteriormente classificadas em outros gêneros.

          Um dos atrativos mais marcantes dessa espécie de orquídea é sua fragrância peculiar, que lembra o aroma de canela. A variedade de cores também chama atenção, rendendo-lhe nomes diferentes, com destaque ao lilás (tipo), branco (alba), branco com labelo lilás (semi-alba), azulado (designada caerulea) e lilás com riscos púrpuras (flammea).











































Sites de pesquisa

https://orquideasblog.com/orquideas-cattleya/
https://thonilitsz.arq.br/como-cultivar-orquideas-cattleya/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cattlea
https://minhasplantas.com.br/plantas/cattleya-walkeriana/
https://vidadeorquidea.com.br/especies-e-tipos-de-orquidea/
Google imagem

13 de novembro de 2019

Orquídeas


São todas as plantas que compõem a família Orchidaceae e pertencente à ordem Asparagales.

Assim como de outras famílias de plantas a classificação das orquídeas é feita como uma hierarquia. Primeiro a família, depois os gêneros, as espécies e por último as variedades.

A classificação das orquídeas depende do local onde vivem, podendo ser agrupadas em: epífitas (desenvolvem-se sobre árvores), as rupícolas (vivem sobre pedras), as terrestres (crescem sobre solo) e as saprófitas (são raras - se alimentam de restos de animais e vegetais em decomposição).

Considerando que existem mais de 36 mil espécies de orquídeas no mundo, não é surpresa que encontremos exemplares de diversos tamanhos, cores e formatos. Contudo, algumas dessas espécies de orquídeas raras impressionam por sua semelhança com animais.

Aqui temos 59 tipos de orquídeas lindas

Fonte de pesquisa
http://blog-experimento.blogspot.com/p/orq.html
hhtt://flores.culturamix.com/flores/fotos-de-flores-orquidea

10 de novembro de 2019

Celosia cristata


              É uma planta de inflorescência muito macia, dobrada e brilhante como a textura do veludo. Existem cinco espécies de celósia, todas pertencentes à família Amaranthaceae. Ela é conhecida popularmente pelos nomes de Crista de galo, Amaranto, Celósia e Suspiro. 
        Essa planta pode ser encontrada em tons vermelho, rosa, branco, creme, roxo, laranja, amarelo e outros.