18 de março de 2014
Mude os hábitos para prevenir arritmias cardíacas
As arritmias
são alterações do ritmo cardíaco, tanto para uma freqüência mais alta
(taquicardia) quanto menor (bradicardia). Em ambas há risco de surgimento de
outras doenças cardiovasculares, como infarto, AVC e morte súbita. Segundo dados
do Ministério da Saúde, cerca de 5 % da população brasileira sofre com algum
tipo de arritmia, incluindo pessoas mais jovens – ao contrário do que se pensa
sobre esse tipo de doença. Isolada, ela não representa nenhum risco. Mas, sem
acompanhamento médico, o problema pode se agravar e comprometer não só os
batimentos cardíacos como o sistema circulatório. Confira os hábitos
necessários para controlar o problema ou evitar que apareça.
Cuidado
com a cafeína
Café, chá, chocolate e
refrigerante contêm cafeína e são conhecidos por seus efeitos estimulantes em
nosso sistema nervoso. A cafeína também pode gerar uma contração e batimentos
mais rápidos do coração, não sendo recomendado para quem sofre de arritmias, de
acordo com o arritmologista Jefferson Jaber, do Hospital Santa Virgínia e
membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Segundo ele, o ideal é
ingerir até 300ml por dia, caso esteja tudo bem. "Sob suspeita, o ideal é
perguntar ao cardiologista se há necessidade de interromper o consumo",
afirma
Álcool
com moderação
O consumo excessivo de
bebidas alcoólicas está diretamente associado ao quadro de arritmia. "A
fibrilação atrial é a arritmia mais decorrente nesses casos", conta
Jefferson. De acordo com ele, a ingestão excessiva de álcool estimula o sistema
adrenérgico (formado pelos receptores cerebrais responsáveis por produzir
adrenalina), o que vai aumentar o batimento cardíaco e piorar um quadro de
arritmia.
Fuja
das “dietas da moda”
Dietas com uma restrição
de calorias muito elevada ou à base apenas de líquidos podem levar a distúrbios
metabólicos, deficiência de nutrientes e desidratação - todas essas condições
podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos, tanto para mais quanto para
menos, gerando ou piorando um quadro de arritmia. De acordo com Jefferson, uma
alimentação pobre em vitamina E, C e do complexo B pode interferir na pressão
sanguínea, elevando os batimentos cardíacos e causando arritmias.
Durma bem
A otorrinolaringologista
e especialista em medicina do sono pela Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia, Fernanda Haddad, explica que a apneia do sono aumenta os
riscos de arritmia. "A respiração de pessoas com apneia fica mais intensa
durante a noite, por causa da obstrução nas vias respiratórias", conta. O
esforço para respirar gera um aumento da pressão sanguínea, elevando os
batimentos cardíacos, aumentando os riscos de arritmia ou de complicações
decorrentes dela.
Faça
exercícios
Regularmente Pesquisas
comprovam que a prática de atividade física leve a moderada diminui a
incidência de arritmias. "Pessoas sedentárias têm até 25% a mais de chance
de sofrer uma arritmia", afirma o arritmologista Jefferson Jaber. Mas é
importante fazer uma avaliação física antes de começar a treinar, porque alguns
problemas de coração limitam o tipo de exercícios que pode ser realizado sem
riscos à saúde.
Coma
mais saladas
Pessoas que sofrem com
fibrilação atrial correm mais risco de sofrer um AVC e, por conta disso,
precisam tomar um medicamento anticoagulante chamado varfarina. Jefferson
explica que o consumo irregular de folhas verdes pode interferir no
funcionamento do medicamento, tornando-o ineficiente. "Quem toma varfarina
precisa consumir a mesma quantidade de folhas verdes todos os dias", conta
Jefferson. Isso vale para todos os tipos de folhosas, como alface, rúcula,
espinafre ou repolho.
Atenção
às gorduras
Jefferson conta que o consumo exagerado de gorduras interfere de forma indireta na incidência de arritmias. "A gordura pode formar placas na parede dos vasos sanguíneos, principalmente nos coronários", conta ele. Esse acúmulo de gordura, por sua vez, aumenta a pressão sanguínea e pode causar não só as arritmias, como outras doenças cardiovasculares.
Cigarro
Jefferson conta que o consumo exagerado de gorduras interfere de forma indireta na incidência de arritmias. "A gordura pode formar placas na parede dos vasos sanguíneos, principalmente nos coronários", conta ele. Esse acúmulo de gordura, por sua vez, aumenta a pressão sanguínea e pode causar não só as arritmias, como outras doenças cardiovasculares.
Cigarro
A nicotina leva à liberação de substâncias como adrenalina, que estimulam o coração, elevando os batimentos cardíacos e causando taquicardia. "Estudos comprovam que mesmo as pessoas que fumaram e já pararam correm mais risco de sofrer fibrilações arteriais", conta Jefferson. Além disso, por conta da produção de adrenalina inconstante, o batimento cardíaco fica desorganizado, aumentando o risco de outros problemas cardiovasculares.
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