11 de março de 2020
8 de março de 2020
A escola dos bichos
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola.
Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O pássaro insistiu para que houvesse aulas de voo.
O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental.
E o coelho queria que de qualquer jeito a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas cometeram um grande erro.
Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele.
Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voa Coelho”.
Ele saltou lá de cima e “pluf”... Coitadinho! Quebrou as pernas.
O coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma topeira. Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidade próprias dadas por Deus.
Após a leitura da mensagem, refletir sobre a situação do cotidiano da sala de aula nos dias atuais.
Após a leitura da mensagem, refletir sobre a situação do cotidiano da sala de aula nos dias atuais.
A defasagem em sala de aula e o papel do professor
Cada
aluno aprende de um jeito. Dentro de uma mesma sala de aula temos uma
diversidade de alunos quando pensamos em características comportamentais e
cognitivas. Cada um tem uma história, que é única, e decorre das
particularidades de sua estrutura biológica, psicológica, familiar e
sociocultural, resultando em diferenças que interferem diretamente na maneira
como eles se apropriam do conhecimento na escola, ou seja, eles aprendem de
formas diversas.
Tendo
em vista essas condições, é importante estarmos conscientes de que os níveis de
aprendizagem em uma sala de aula serão distintos, e devemos estar preparados
para lidar com esse aspecto do trabalho docente, de modo que o desenvolvimento
dos alunos não seja prejudicado. É função da escola detectar a diversidade
presente nas salas de aula e criar condições para que os conteúdos trabalhados,
quando não são bem compreendidos, sejam retomados em classe com novas
atividades e estratégias de ensino” (FRAIDENRAICH, 2010).
Antes
mesmo de refletirmos sobre rendimento e defasagem escolar, salientamos que,
para um bom desempenho dos alunos em sala de aula, é fundamental que eles
compreendam a importância dos estudos e abandonem a visão pessimista que muitos
têm de que “estudar é chato”. Atividades instigantes, desafiadoras e que saiam
da rotina contribuem para atrair a atenção do aluno e para o desenvolvimento de
competências que favoreçam tanto a aprendizagem quanto a sua formação
socioemocional. O envolvimento da família nesse processo é de suma importância
para criar uma relação de confiança com a escola.
Também
devem fazer parte da rotina os trabalhos em grupo, em dupla e individual. Para
cada um deles, é possível desenvolver diferentes habilidades. Ao propor trabalhos
em dupla ou em grupo, é importante misturar alunos que possuam diferentes
níveis de aprendizagem, pois dessa forma um ajuda o outro e desenvolvem
diferentes competências, como trabalho em equipe, organização, liderança e
empatia. Em outros momentos, concentrar nos grupos os alunos com níveis de
aprendizagem semelhantes é relevante para dar a atenção necessária, e de
maneira integrada, para o grupo. Já os trabalhos individuais permitem ao aluno
momentos de autonomia e criatividade.
Do
mesmo modo, é importante utilizar outros espaços, além da sala de aula, para
atividades de ensino e aprendizagem, como o pátio da escola, o laboratório, o
bairro, uma praça, um parque municipal, um museu etc. Tais espaços
possibilitam, muitas vezes, a aprendizagem de forma lúdica, informal,
permanecendo o objetivo educativo.
Outro
ponto importante é alternar o uso de materiais pedagógicos – revistas, mapas,
jogos didáticos, histórias em quadrinhos, músicas, filmes – que desafiam o
aluno a refletir e a diversificar as formas de aprendizagem e expressão do
conhecimento formulado.
Isso
porque há alunos que são mais visuais, outros que são mais auditivos e outros,
cinestésicos.
A
avaliação diagnóstica inicial, com atividades variadas de escrita, leitura e
interpretação de diferentes linguagens, auxilia a detectar as principais
características dos alunos, pois alguns podem ter dificuldades em interpretar
uma música (estímulo auditivo), por exemplo, enquanto outros podem ter bom
desempenho em analisar uma imagem (estímulo visual).
Utilizar
ferramentas digitais também é um ótimo recurso, quando corretamente empregado e
mediado pelo professor. No caso das escolas que tenham sala de tecnologia, o
professor pode usar as ferramentas como sites e aplicativos para
corrigir as defasagens. Em alguns casos, quando se detecta que a defasagem de
determinado aluno está muito aquém do desempenho da turma, é importante
desenvolver atividades educativas separadas dos demais, para avançar com ele na
compreensão de certos conteúdos. Assim, o professor deve desenvolver de maneira
constante a reflexão para demonstrar que o ato de estudar não é apenas
fundamental, mas também prazeroso, despertando, assim, o interesse dos alunos.
A
união entre teoria e prática é importante porque propicia aos alunos momentos
em que eles possam debater, refletir e emitir opiniões sobre acontecimentos
ocorridos em contextos locais e mundiais. Dessa forma, a prática reflexiva
sobre os conteúdos estudados é essencial para o ensino contextualizado.
Sites de busca
www.soescola.com
www.refletirpararefletir.com.br
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